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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Não acredito na sorte


pra onde vai dar?


Não acredito na sorte, e se em algum momento hesitei nessa crença foi impulsionada pelo desespero propriamente dito. Minha mãe sempre arrisca um palpite na loteria, toda semana ta ela tentando acertar os cinco números, dizendo que tudo vai mudar assim que pegar na “bolada”. Ela insiste nessa fantasia há um bom tempo, assim como tantos desesperados. Bom, um dia me senti incluída nessa estranha lista de jogadores.

Quando minhas esperanças aos poucos morriam, eu sentia que não conseguiria sair daquela situação desprezível, alimentando-me cada dia com grande porção de derrota. Então resolvi num ato supérfluo tentar a sorte, estava desacreditada em mim. E quando tal coisa aconteceu tudo ao meu redor parecia não ter sentido plausível.

Tudo se resolveria se eu tivesse acertado os números? Afinal tudo é numero hoje em dia, ou pelo menos me leva a crer. Não aconteceu, não acertei, não resolvi meu problema. Aos poucos recuperava minhas forças, era como se cada membro do corpo gritasse por movimento, eu estava petrificada e cega por meus desejos insanos.

Acordei, e mais uma vez digo que não acredito na sorte, acredito no que é palpável, mas não somente. Dizem que fazemos nossa própria sorte, cada um busca a melhor forma de conseguir isso, seja por meio dos jogos ou pelo trabalho, mas também não é só.

Continuo ignorando firmemente qualquer forma de se obter êxito se não for pelo trabalho, é não que acredito, mesmo que demore é este trem que pretendo tomar na minha jornada em busca da felicidade.

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