Aos dezessete anos de idade passei por uma situação apertada. Logo que saí de casa para ir a escola senti algo estranho um misto de dor na coluna com uma cólica “suave”. Não dei importância àquilo, enquanto desse pra ficar de pé estaria tudo bem.
Era a aula de matemática, mais precisamente no último horário, experimentei pela primeira aquela terrível sensação que agora tomara conta de mim, a aula não tinha mais sentido algum diante do meu problema particular. Coitada de mim deveria aparentemente assistir à explicação da matéria sendo que eu necessitava ser assistida por alguém.
Mexia constantemente na cadeira na esperança que aquela dor sumisse, o professor percebeu minha inquietação, deu pausa na explicação e voltou seu olhar pra mim assim como todos na sala.
“Está tudo bem com você?”
Precisava falar alguma coisa, ainda que não soubesse exatamente o que estava acontecendo comigo.
“Estou com dor na coluna!”
“Caso queira pode ficar em pé...”
Até parece que ficar de pé ajudaria em algo, continuei onde estava, e ele continuou o que fazia.
Minutos depois senti um desconforto que só aumentava e que estava me incomodando de um jeito que permanecer ali seria meu fim. Aquele misto de dor estava agora bem definido, não se tratava de dor na coluna ou cólica, era algo no estômago. Eu suava muito, a dor crescia exponencialmente, eu precisava tomar uma decisão.
Meu corpo alertara que algo estava para acontecer, levantei subitamente e saí da sala. O banheiro estava muito longe, ir lá seria suicídio por sorte a sala dos professores era ao lado da minha sala, não pensei muito e entrei, perguntei à professora que estava corrigindo provas se eu podia usar o banheiro. Entrei no masculino mesmo, na condição que me encontrava não podia escolher nada. Abaixei a calça e... era dor de barriga, não podia fazer nenhum barulho suspeito, pois havia alguém do lado de fora que não gostaria de ouvir aquela melodia.
O alívio foi imediato.
Fonte imagem: http://www.glaucynha.blogger.com.br/felicia.jpg
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